sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Bolivia

Parto de Puno cedo em direçao a Desaguadero que faz fronteira com a Bolivia.
Mais uma vez entra no autocarro um vendedor com um grande discurso a tentar vender qulquer coisa, desta vez eram umas saquetas com um pó milagroso, já no Brasil era igual !
Ao meu lado tenho uma boa companhia, um Peruano vendedor de produtos de veterinária que nao pára de falar o que tornou a viagem muito rápida e agradável.
Falamos da Europa (Bem!), dos Chilenos, das guerras, dos Peruanos de Cusco de Arequipa de Lima, do Brasil, do Fujimori, do Hugo Chavez, do Governo actual, da vida no Peru (Muito Mal!)
Reparei que tem conhecimentos profundos de geografia, segundo ele o lago Titicaca esta dividido em dois, Titi do lado Peruano e a Caca do lado da Bolivia. (Mas avisou-me para eu nao dizer isto depois de passar a fronteira!)
Chegada quase ao destino, estava muita confusao saí antes porque o autocarro já nao andava, é dia de mercado.
Segui no mesmo Requixó com o meu vizinho enquanto me dava conselhos onde cambiar os Soles que tinha para Bolivianos e como fazer para passar a fronteira, ia afastando as señoras que se metiam à frente dizendo " Sai culo grande!".
Estava uma confusao enorme nao conseguia andar e ameaçava chover.
Bienvenido a Bolivia! Benvindo ao Caos!
Dali segui para Tiahuanaco, era um dos destinos da minha viagem.
Aqui encontrava as ruinas de templos de civilizaçoes pré incas, as escavaçoes ainda continuam.
O local é poderoso como eu imaginava! Como é bom "regressar aqui" !
Conheci um casal que vive em Maiorca, ele é de Sevilha e ela Boliviana, vinha com eles desde Desaguadero até La paz conversando, deram uma ajuda e conselhos para andar na capital.
Nao fiquei muito tempo mas tambem fiquei a saber que a comida Boliviana nao é má como toda a gente que conheci me disse! (vou ter cobaias para testar pratos novos?)
Tive que arranjar alternativa para sair de La Paz para Santa Cruz, a estrada esta bloqueada devido a greves, tenho que ir por Cochabamba.
Já estou a fazer o caminho de regresso! Fico sem o Salar, Potosi, Sucre ... o tempo é que manda, tenho que estar em Maceió dia 10.
Ou entao só vou em Março de 2008 ! :)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Titicaca II

O pequeno almoço, que tal como as outras refeiçoes nesta isolada ilha se baseia em chá, pao, batata, arroz, queijo e ovos, pois aqui nao produzem muito mais e o resto teem que trazer de Puno reflecte a vida muito simples que as familias teem.
Tinha estado na conversa com Mario um professor que vem de fora e que dizia que os alunos nao teem cadernos nem material para escrever, deviam ter mais apoios. Mas no interior em Portugal é igual ! Ou pior, alguns sitios nem escolas existem! Portanto Mario tá caladinho :)
Naquele barco que eu estava com a impressao que nos ia deixar no meio do lago, isto porque o motor estava sempre a dar problemas, alguem corria meter água no motor, ou entao era gasolina que falhava, depois a bomba do sistema de refrigeraçao ja para nao falar no comando do acelerador que nao existia. Viajamos para a Ilha Taquile onde demos um belo passeio e dai seguimos para Puno muito lentamente, alguem tentava na brincadeira adivinhar a velocidade do barco, la conseguimos chegar.
Embora a Guia Marita fosse impecavel, para mim tours nunca mais !

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Titicaca I

Nao sei porquê mas estou com mais dificuldade em respirar e com arritmia, sintomas provocados por a altitude. Ainda nao me adaptei.
Apanho barco para a Ilha Amantani no caminho passo por uma ilha flutuante feita de Totora, nao gosto nada destes tours, mas aqui é a unica opçao.
O grupo é divertido e Internacional: 2 Americanos, 2 Suiços 1 Espanhol 2 Holandeses 2 Noruegueses 3 Franceses. Passamos o tempo na conversa e a contar as aventuras dos sitios por onde passamos.
Seguimos para a Ilha de Amantani, o sol desaparecee o frio vem com toda a força. A paisagem sobre o Lago Titicaca é deslumbrante, a sensaçao é de que estou em frente ao Mar, éumlago imenso, o mais alto do mundo (3500m), navegável! Dormimos em casas de familias (turismo vivencial, tambem nao existe outra alternativa!) mas antes ainda tivemos grande festa, vestimos trajes e houve dança tradicional.
Pensei que ia morrer de frio mas nao, afinal o quarto era muito simples mas confortavel.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Arequipa II

Vou visitar o Museu Andino que tem uma serie de achados de um ritual Inca e que foram descobertos casualmente por uma expediçao. O seu aparecimento deveu-se ao degelo e ai foi encontrada uma mumia de uma criança que tambem estava em exposiçao.
Fiquei impressionado com o Monaterio de St Catelina, é fantastico todo o interior labirintico que se encontra muito bem preservado, cada recanto é uma descoberta, as celas onde as mongas viviam, os jardins, a cozinha, o refeitório, tudo merece uma foto.
Duplamente impressionado, as miudas da Rep. Checa encontraram-me no centro de Arequipa ;)
estava a comprar uma pulseira e um colar quando me deram um toque no ombro, eram elas!
"outro tremor de terra!" :)
O mundo é mesmo pequeno.
Despeço-me dos Alemaes, sao impecaveis, nao é costume encontrar Germanicos assim.
Parto para Puno, desta vez vou com 1h de antecedencia para o terminal rodoviario. Cheguei tao cedo que entrei no autocarro que parte às 13:30, o meu bilhete diz 14h mas o autocarro so parte às 14:30 (hora Peruana!). Assim é mais seguro!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Colca II

Acordar as 3h para comecar a subida, esta um belo luar que nos vai dar uma ajuda, saimos a esta hora para evitarmos o calor.
Demoramos 3h30 a chegar a Cabanaconde onde tomamos um pequeno almoco reforçado.
Falei no restaurante de Chivay ao resto dos viagantes. Mal chegaram a Chivay foram logo lá, sairam maravilhados, era uma refeiçao verdadeiramente decente que tinham desde que estao no Peru.
Voltei a encontrar as miudas Suiças no caminho, o mundo e pequeno!
Cheguei a Arequipa e tratei de arranjar estadia, ainda deu tempo de visitar o Museu Santuarios Andinos.
Fui pôr a conversa em dia na net, saber se está tudo bem !
Encontrei os Alemaes no Hostal e fomos jantar, ou melhor, eles compraram pao integral, salsichas, manteiga e convidaram, aceitei, colaborei com a cerveja e estivemos na conversa até tarde no terraço do Hostal.
Pessoas interessantes que tenho encontrado!

domingo, 25 de novembro de 2007

Colca I

Por caminhos de terra o autocarro leva-me para Cabanaconde, tenho algumas paragens para apreciar a paisagem magnifica, avistam-se Condores, estou a 5000m de altitude mas ja me adaptei, nao dá para fazer esforços porque o cansaço aparece logo e a respiraçao é lenta.
Tenho um guia que me vai levar até ao acampamento a 2100m a partir de Cabanaconde que fica nos 3300m.
A descida é um espetaculo, paisagem incrivel, "Cañon de Colca" é o mais profundo do mundo.
A descida nao é tao fácil como esperava, o caminho é de passagem de animais que dá a cesso ás aldeia vizinhas, é a unica ligaçao que teem.
Encontramos uma mula com mantimentos que estava caida e ferida, o homem sozinho nao consegue levanta-la e entao fomos ajudar mas mesmo assim nao conseguimos, David o guia foi pedir ajuda e com mais 2 homens la levantamos a mula. Os ferimentos nao eram graves, podia continuar caminho.
O destino era um verdadeiro Oasis que estava bem no fundo junto ao rio Colca. Piscinas, relvados, cabanas, hortas. Nao era preciso mais nada para se estar no Paraiso.
Descansei o resto da tarde de sol uns mergulhos nas aguas mornas, conversa com duas holandesas que estavam de partida e mais tarde um jogo de futebol, Peru contra o resto do mundo ( eu, 2 alemaes e 1 frances).
Durante o jantar deu para conhecer melhor os Alemaes e Franceses, entretanto chegam duas miudas da Republica Checa, estavam arrasadas, mas estavamos animados e todos muito simpaticos.
Senti o primeiro tremor de terra! Por um segundo tudo estremeçeu! Esta zona é de risco, mas o guia diz que é natural o tempo vai mudar! daqui a uns 3 dias deve chover!

sábado, 24 de novembro de 2007

Arequipa I

Em Arequipa tinha organizado ligaçoes para ir para o "Cañon de Colca", tomo o pequeno almoço calmamente na Plaza de Armas que se encontrava deserta e aguardo o autocarro que vai para Chivay, no caminho a paisagem é bem diferente, montanhas de 6000m, vulcoes, rebanhos de Alpacas e Lamas. Em Chivay encontro um restaurante tipico, buffet que é excelente para saborear a comida Peruana desta zona, dizem ser uma das melhores do mundo. Nao exageram quando dizem isto!
Junto comigo, almoça um grupo de Lima que depois de saberem da aventura do autocarro me dizem que é normal, aconselharam-me a ter mais cuidado com a "Hora Peuana" :)
Hoje fico por aqui, no centro temos baile (hoje è sabado!).

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Cusco V

Mais uma vez fui ao mercado tomar o desayuno, gosto de apreciar esta azafama matinal dos mercados, as bancas a receber peixe, carne, frutas, legumes que chegam das redondezas.
Fico a pensar que nunca fui no Bolhao tomar o pequeno almoço, vou faze-lo quando regressar!
Hoje visito outra zona onde se encontram mais ruinas, mas vou a cavalo porque sao perto de Cusco. Conheço a Michel da Austrália, muito divertida, foi grande companhia e serviu-me de guia pois ja conhecia as ruinas. Passamos todo o caminho na brincadeira pois o percurso a cavalo nao era o que esperavamos, assim menos mal! Fomos almoçar e entretanto fui tratar de preparar tudo para seguir no autocarro das 20h para Arequipa.
Fui buscar o meu bilhete que Americo tinha comprado, atrasado ja da conversa e do transito saio da Plaza de Armas para o terminal às 20h, tudo tranquilo pois dizem-me que o autocarro atrasa sempre! Quando chego ao terminal estava o autocarro a sair, estava mesmo à espera disto!!!
Mandam-me apanhar um taxi rápidamente para alcançar o autocarro. Lá fui eu a correr num taxi que andava mais lento que o "Bus" numa corrida maluca até ao ponto de control onde pararia, mas quando la chegamos estava mesmo à frente a partir, entao continuamos na perseguiçao impossivel. Acenava ao motorista, ultrapassamos o autocarro, estavamos ao lado a pedir para parar, mas sem resultado! Entretanto esta cena de filme alertou uma brigada da policia que tinhamos passado, e que avisaram uma operaçao stop que estava mais à frente que mandou parar o autocarro e assim consegui entrar. Agora parece-me que chego a Arequipa! Vou esquecer esta aventura, a ter cuidado com as horas e a nao acreditar na pacividade Peruana!!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Cusco IV

Porque é que hoje ninguém quer falar de futebol?
Encontro um belo "desayuno" no mercado, depois vou meter-me num rio com rápidos e água gelada, vai haver Rafting.
O tempo melhorou um pouco, mas mesmo assim fiquei a pensar porque é que me meto nestas aventuras.
Mudei de ideias tao rápido quanto a velocidade do Rio Urubamba. Foi muito bom, espetaculo de adrenalina.
Mário, Katie e Karlie estavam no bote, foram a companhia do dia. Mais tarde fomos jantar.
O resto do dia foi a passear por o centro de Cusco onde se encontra sempre sitios novos para apreciar.
E cenas curiosas. O carro que avaria no meio da rua e o "mecanico" aparece para desmontar e reparar no local com a ajuda do condutor. A "señora" que entra na casa de banho dos homens e tenta lavar as maos no Urinol. O "señor" que berra ao telemovel no meio da rua.
Há vendedores de chamadas telefónicas, milho cozido, rebuçados, massagens, fotos...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Cusco III

Continuo no Vale Sagrado, hoje vou a Ollaytantambo.
Ruinas Incas fabulosas, gigantesca muralha que deixam a pensar que tecnicas foram utilizadas na construcao. Mas nao é isto que me trouxe aqui, é a beleza e perfeiçao dos muros, a paisagem em volta, a localizaçao das cidades e fortes, as gentes que encontro.
De novo em Cusco vou ao mercado que ainda nao passei la, páro para comprar cd de musica tradicional Peruana Huaynos (Sonia Morales; Frecia Linda e Alicia Delgado) e entretanto vai haver jogo Equador-Peru, convidaram para ir ver eu disse que sim, mas ficaram doentes nem acabaram de ver o jogo foram embora quando o Peru perdia por 5-0.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Cusco II

Vou dedicar-me ao Vale Sagrado dos Incas.
Compro o "Boleto turistico" para a entrada nos locais, sai mais barato.
Hoje vai ser Pisac, procuro transportes para la chegar, autocarro é o melhor, encontra-se toda a gente! E vou a ouvir musica do top!
Para chegar ás ruinas precisei de subir, bastante, mas fiquei impressionado com a paisagem, o sossego e a beleza do que restava da cidade.
Ao ver as construcoes, e as historias que tenho ouvido do Imperio Inca (teorias, porque pouco se conhece desta civilizacao!) fiquei a pensar que todo este esforco para criar estas cidades nestes pontos (para mim pareciam mais fortalezas!) teria a ver com seguranca. É a minha teoria!
De tarde vou á feira de artesanato local, uma das melhores da zona e é claro que me "perdi", o artesanato é fantastico, ceramicas, vestuario, tecelagem, mercado de legumes, carnes, frutas e cereais. Espetacular!
Regressei a Cusco, la encontro Americo que me perguntou o que se tinha passado, tinha pedido a uma amiga para me ir buscar ao comboio e eu nao apareci. Claro que nao!
La lhe expliquei o que tinha acontecido. Ficou admirado porque nao substituem bilhetes, eu deveria ter pago 40$USD por um novo bilhete.
Fui jantar com uns amigos e contei a anedota do Paraguaio 3 vezes, eu acho que nem com a explicacao perceberam! Sempre que terminava a "anedota" perguntavam-me " que és Guaio?"

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Machu Pichu III

É hoje que finalmente vou ter oportunidade de subir ao céu!
Parto ás 5h, bem cedo para poder fugir da confusao. O autocarro percorre a estrada enlameada que serpenteia o Machu Pichu, 20 minutos e chego á entrada.
A partir daqui entendo porque vem gente de todo o mundo!
Machu tinha que ser uma das sete maravilhas do mundo!
Valeu o dia, já me sinto melhor, pois nao dormi nada porque passei a noite a vomitar.
De volta a Aguas Calintes onde Américo deixou bilhete para o "tren más caro del mundo" e que eu perdi porque me atrasei. Nem o relogio do computador que usei para a net nem o relogio do "señor" a quem perguntei as horas estavam certos (aqui nao vale a pena dizer Cara... Fod.... porque nao adianta mesmo nadinha!)
Plano B: Fui ter com o chefe da estacao e disse " Señor tiengo un problema, necessito ayuda por favor, perdi el tren!" responderam -me "si, te voy a ayudar, espera un momentito!" Que alivio!
Mais tarde disse que nao podia fazer isto mas que ia ajudar-me, emitia outro bilhete para o proximo comboio, e sem custos, e o funcionario que me entregou o novo bilhete avisou "Es que no podemos hacer esto!"
Isto fez-me reparar que além da simpatia muito caracteristica, os Peruanos dao tratamento cuidado e atencao redobrada aos turistas.
Saio em Ollaytantambo, onde continuo para Cusco em autocarro.
Correu tudo bem, agora podia ir para "Casa Grande" o hostal onde estou, descancar.

domingo, 18 de novembro de 2007

Machu Pichu II

Hoje temos mais uns 20km para fazer, mas a pé!
A paisagem faz esquecer o caminho, para mim faz parte do treino para campeonato de Frisbee.
No controlo de acesso a Aguas Calientes reparo que nos registos nao passa aqui um Portuga à meses, dizem que é raro aparecerem turistas de Portugal, já em Gran Sabana-Venezuela reparei no mesmo.
Os Peruanos sao de uma simpatia infindavel, sempre com um sorriso, e um "Hola!", nao se chateiam com absolutamente nada. De algumas situaçoes que ja assisti, eu tinha insultado a mae deles, aqui nao, conversam calmamente, e no transito resolve-se tudo com uma simples buzinadelazinha, que é logo retribuida!
Chegados a Aguas Calientes, acomodo-me, nao tarda muito temos o jogo Peru-Brasil, nao falho!
Festejei duas vezes uma por o golo do Brasil outra por o do Peru.
Aguas Calientes é o ponto de passagem para Machu Pichu, por isso nas ruas encontra-se restaurantes maus e comércio sem interesse. Está época baixa mas mesmo assim é uma multidao, resultado das maravilhas do mundo!

sábado, 17 de novembro de 2007

Machu Pichu I

Acordei com uma dor de cabeca!! Foi do vinho que experimentei ontem ao jantar ou da adaptacao á altitude? Nada que um "matte de coca" nao resolva.
Inca trail é ímpossivel nesta altura, todos os acessos estao fechados e a única forma de la chegar é de comboio... mas arranjei uma alternativa, um pouco mais radical. Vou de autocarro até perto de Sta Maria depois sigo de Bicla e apanho um taxi para Sta Teresa e o resto faço em caminhada até Aguas Calientes.
E foi assim, radical demais porque logo nos 30km que tive que pedalar choveu torrencialmente, da pouca roupa que trouxe está encharcada e cheia de lama.
Parei para almoçar, descançar e secar :) o resto era de táxi até Sta Teresa, no caminho de montanha para lá predominam os campos de Coca, e quando chego tenho a satisfaçao de poder ir a uns banhos de águas naturais bem quentes, depois de um dia assim vem mesmo a calhar!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Cusco I

Dei uma volta por Puerto Maldonado enquanto fazia tempo para o voo marcado que tinha às 11h, segui para o aeroporto de moto. O voo sofreu um atraso de 3 horas, mas tenho sempre coisas para fazer, anoto umas ideias, leio o Lonely Planet e chego a Cusco.

Cusco é simples de definir, I M P R E S S I O N A N T E.

É uma cidade fabulosa, monumentos, Historia, gente de todo o mundo.
Aproveito para ver como vou passar aqui os próximos dias, a oferta é infinita, agencias por todo o lado, uma confusao para os turistas.
Nao vou andar a perder muito tempo, como vou para Machu Pichu? A resposta foi rápida, vou da pior maneira! Encontrei um guia que me deu soluçoes para o que queria fazer. Já está tudo combinado!
Depois do jantar descanço, amanha parto bem cedo!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Perú

A Viagem de Brasileia para Puerto Maldonado, que eu previa fazer em 5 horas, demorou todo o dia, a começar com atraso logo de manha no "café da manha" a conversar com um funcionario da embaixada depois num taxista que teimava em nao arrancar sempre a tentar arranjar mais clientes, sim porque o taxi aqui faz de autocarro.
Enquanto tirava uma foto no centro veio um tipo perguntar-me para que era a foto e pediu-me para o acompanhar, pensei que estava metido em trabalhos, mas era um reporter de uma radio e esteve a entrevistar-me para uma reportagem nos estudios da estaçao, isto porque para se passar a fronteira neste ponto é preciso ter a saida aqui em Brasileia e a fronteira é a120km daqui em Assiz Brasil, o que torna as coisas bem complicadas para quem sai sem o passaporte com saida do Brasil.
Mas o pior estava para vir, a estrada InterOceanica a partir do Perú apenas tem alguns km, o resto é Lama que sao feitos por carrinhas Toyota e nao por 4x4 como era de esperar. Quando eu vi aquele piso ainda para mais a chover é que percebi que Puerto Maldonado ficava muito "longe". Mas la cheguei e arranjei sitio para ficar, caixa para levantar "Soles" e ainda mesmo no limite comprar bilhete para Cusco no dia seguinte

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Passou um mês

E hoje parto de Boa Vista para Rio Branco via Manaus.
Houve um atraso de 2 horas no voo BVB - Mao mas nao trouxe problemas.
Chego a Rio Branco de manha, já no Acre, visito a cidade, as pessoas, tudo bem diferente do que tenho visto, cidade arrumada, limpa, menos transito, e a gente continua a ser muito simpática. Vou ter saudades do Brasil.
Continuo para Brasileia, onde chego à noite, fico por aqui, vou começar a habituar-me a hoteis e pousadas.
No Peru como vou deslocar-me com frequência nao vou usar o couchsurfing, além disso é tudo muito barato!
(começam a desaparecer acentos nas palavras, pq nestes teclados dos "espanhois" nao ta facil!)

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Fotos

finalmente!
Estão em:
http://www.flickr.com/photos/paulobre/
e são só algumas delas!
Por este andar as do Perú chegam em Dezembro :)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Boa Vista

Fico por cá dois dias para descansar um pouco.
Estive na Internet a descarregar algumas das fotos, gravar cd de música nova, arrumar a mochila, lavar roupa, sair um pouco, pôr a conversa em dia, é bom saber que está tudo bem em casa.
À tarde um açai na praça, depois de almoçar um Tucupi, janto um Tacaca, bebo um suco de laranja/açerola, lancho doce de cupuaçu, enquanto planeio como vão ser os próximos dias de viagem até ao Perú onde vou passar o próximo mês.
Tenho a passagem para Rio Branco, com escala em Manaus.
Estou fora à 1 mês, parece que o tempo voa!
Roirama é o 5º estado Brasileiro que atravesso e sigo para o Acre.

domingo, 11 de novembro de 2007

Roraima IV

Restam 15km até Paraitepuis, agora o terreno facilita.
Chegamos, logo atrás de nós os Ingleses, na recepção tinham cerveja Polar light a que chamam "Coco beer" por ser parecida com água ... de coco.
Felizmente arranjamos logo boleia para S Francisco. Frank, já tinha ouvido falar dele, a Sol conhece. O Mundo é pequeno, como diz o Ricardo de Belém, "O mundo cabe dentro de uma Kombi" (VW Kombi, aquela carrinha muito bonita que aqui no Brasil se vê por todo o lado!)
Em S Francisco descansamos um pouco, Joel preparava-se para descansar o resto do dia, mas lá o pus a arranjar transporte para Sta Elena, ainda tinha tempo de chegar a Boa Vista se não tivesse contratempos, e assim foi, parámos no Wari, fiz a mala e segui procurar táxi para Parnaiba, restavam os últimos 25000 Bolivar, para o Táxi são 15000, chega (são só cerca de 2,5 euros). Dali outro táxi para Boa Vista, aí é que tive q combinar com o Márcio ir a uma caixa para levantar dinheiro mal chegassemos porque reais acabaram. Viemos os 230km na conversa e a ouvir Regae do Maranhão, o resto da galera lá atrás a dormir.
Depois disto chego a casa da Leticia ao fim de 6 dias, a porta estava aberta e encontro logo a Pris que admirada diz "Mae, adivinha quem tá chegando!" resposta da Leticia " O Portuga", e acertou.
Vou dormir!!!!

sábado, 10 de novembro de 2007

Roraima III

Difícil descrever a paisagem, só estando ali. É um dos locais mais antigos da terra, aquele solo pertence a uma era onde ainda não existia vida na terra, parece outro planeta, encontram-se pequenas lagoas, abismos, cachoeiras, cristais espalhados pelo chão, caminhamos por o meio de nuvens.
Fomos ao Abismo de onde se pode ver a Guyana e Canaima Tepuis cheio de cachoeiras, resultado das chuvas da noite, Ventana de onde se espreita o vale por onde passámos, e Jacuzi uma bela lagoa de água transparente, com o fundo de cristais.
É o misticismo do Roraima.
As lendas dos Indigenas aqui são reais, mas além disso existem muitos casos de OVNIS, desaparecimentos de pessoas e muitas outras histórias que vou ouvindo de pessoas com quem me cruzo.
De tarde, o regresso, o tempo está muito nublado, a descida é mais fácil, juntamo-nos a um grupo de Britânicos.
Quando olho para eles fico mais feliz por ver que eu não fui o mais atacado por mosquitos em Sta Elena, eu só tenho 34 picadelas eles têem 287 cada um :) É um "MC" Mosquito do c.... chamam no Brasil Pium aqui Puri-Puri. Ainda bem que não estão em Portugal.
Ficamos no acampamento Tek junto com outros grupos e na conversa com os Ingleses.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Roraima II

Arrumar tudo novamente e partir hoje prevemos chegar ao topo.
Nem imaginava o que tinha por a frente 15km de subida a pique, com uma mochila às costas. Mas eu ando maluco? Quase!
Começo a ficar exausto, e a parar com mais frequência.
Mãezinha!!!
O que me dá alguma força é que parece sempre perto, mas o topo está aqui em cima mesmo à frente e nunca mais lá se chega. Entretanto admiro a paisagem e vou-me refrescando nas cachoeiras que aparecem.
Parámos no acampamento "Indio". Finalmente o topo!
Durante as refeiçoes pairava sempre um cheiro caracteristico, era do querosene do fogao, que por sinal reparei que era bem antigo e fabricado por "casa Hipòlito" em Portugal
Montámos acampamento e fomos a Mawari o ponto mais alto a 2730m
Durante a noite choveu muito, Joel voltou a hibernar, de manhã quando acordo tinha uma cascata a passar ao lado da tenda.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Roraima I

Bem cedo como de costume, levanto-me, ando sem sono deve ser da adrenalina e das aventuras do dia a dia.
Deveriamos sair logo para Paraitepuis para começar a subida, mas a noticia do Joel é que não conseguiu transporte para lá. Percebi logo o que se passava, "OC" Organização do Carago, vou eu tratar de resolver isto. Arranjei transporte e lá fomos, 30 km até ao acampamento Kukenan, jantar e dormir, claro por hoje já está, Paisagem indescritivel, nem nas fotos que tirei se fica com ideia do que é aquele "tepuis".
"OC", não é que o guia se esqueceu do saco cama ! Também se resolve, eu fico com o que ele trouxe e empresto-lhe a manta que o LReina me ofereceu, é que aqui á noite estão ai uns 8ºC e eu tenho que dormir.
Durante a noite ainda vesti o polar e mesmo assim...! Ele deve ter morrido, mas de manhã ressuscitou :)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

S Francisco

Sigo com o guia Joel até Sta Elena buscar tudo o que vai ser preciso para os próximos dias, tenda, sacos cama, comida e autorização do "chefe da tribo" dele.
Reparo que organização é coisa que não existe!
Saimos cedo e esperava regressar ao acampamento segundo ele, às 9h, só chegamos às 13h.
Vou ter que me habituar ao ritmo dos indios.
A Sol e Tânia ainda lá estavam, partiram logo para Boa Vista.
Nós fomos para S Francisco onde acampamos e preparamos tudo para a longa caminhada que vinha por a frente.
Para descontrair e passar o tempo joguei uma bolinha com os pequenitos que andavam por perto.
Não aconselho a ninguém comida de Indio!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Sta Elena

Vai ser dificil arranjar grupo para ir em tour ao Monte Roraima. Fui a várias agencias e nada!
Fomos atestar o carro e cambiar dinheiro ao Panela, um verdadeiro traficante, o mais ilegal daqui, deve ter descendência Portuga!
Tem o melhor preço da gasolina, faz o melhor cambio e tem galos de luta.
A Sol e a Tânia ficam mais um dia e vamos conhecer as "quebradas" aqui perto, são cascatas, verdadeiros paraisos dentro de território indigena.
Enquanto faziamos um brinde com um vinho Argentino que comprei, o Joel que toma conta do acampamento propôs servir de guia para Roraima, afinal parece que ia ser possivel sair amanhã. Assim está a melhorar!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Venezuela

Sigo hoje para a Fronteira.
Afinal a Sol também vai, deveria ficar porque tem um exame de admissão mas não resistiu, conhece bem Sta Elena e tem uma amiga a Tânia que tem lá trabalho por isso vamos os 3 no carro.
Chegamos já tarde, passamos na "casa de los cristales", é de uns amigos que têem um acampamento (Wari) e que nos vão deixar lá ficar estes dias. Depois de jantar fomos descansar.
Amanhã quero seguir para a Gran Sabana, não se perde tempo, Sta Elena não tem muito para ver a não ser comércio, extração de diamantes e ouro, o bolivar está muito baixo e além disso é um porto franco, a gasolina está a 0,70$R que são 0,35 euros/litro (é! não me enganei!) e claro isto chama multidões do Brasil que vêem para as compras.

domingo, 4 de novembro de 2007

Boa Vista I

Onde é que eu ia?
Descanso bem aqui, sinto-me como em casa!
A cidade é calma e bem diferente das outras por onde passei.
Depois do almoço na orla do rio com peixe e cerveja fui com uma amiga da Leticia a Sol visitar a cidade e arredores durante o resto do dia, banho num "igarapés", passeio na orla, banho na Praça das Águas á noite, açai para o jantar.
Bom programa.

sábado, 3 de novembro de 2007

Presidente Figueiredo

Saio bem cedo para a terra das cachoeiras.
Aqui encontram-se locais paradisíacos, com cachoeiras, lagos, riachos, grutas, cavernas mesmo no meio da floresta.
É o Bestança do Brazil.
Hoje decidi ir para Boa Vista, 600km a norte de Manaus.
Estou a desviar-me do plano inicial como o costume.
Comprei o bilhete de avião e chego á noite. Leticia a mãe da Marcia mora lá e veio ao aeroporto buscar-me com a filha Priscila, vou ficar lá em casa.
Caio na cama, estava mesmo a precisar! Mas com vontade de sair para a festa com funkie e forró, só não fui porque a Priscila tem exame amanhã bem cedo.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Amazónia III

Hoje vamos para outro lado da Selva, para ver se encontramos preguiças. A altura do ano não é a melhor mas é sempre uma grande aventura. A paisagem é sempre surpreendente.
Já temos uma baixa, um dos alemães ficou no acampamento.
Parámos o bote na margem e seguimos a pé para o interior da vegetação, Marcelo e um nativo vão à frente tentando encontrá-las, mas sem êxito, entretanto vejo Macacos de cheiro e tentamos segui-los com muita dificuldade para tirar algumas fotos, mas parece que não gostam muito.
Regressamos ao bote depois de um mergulho junto com as piranhas e jacarés. A água é mais quente do que a do duche!
Voltamos ao acampamento, começa a ficar insuportável a temperatura e húmidade.
Depois do almoço voltamos para Manaus.
Hoje estou exausto, estes dias foram de arrasar.
Amanhã acho que vou para um sítio mais fresco.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Amazónia II

Depois do pequeno almoço saímos logo para caminhada com os alemães e o Jonh da Escócia. Nunca estive numa floresta assim, além do calor e húmidade, a vegetação e a vida aqui é indescrítivel nem nas fotos que tiro dá para ter uma ideia do que é isto!
Tarântulas, árvores e plantas que nunca vi, insectos.
Próxima saída de canoa depois de descansar após o almoço, junta-se a nós a namorada do Jonh, Zoe. Vamos ver a fauna fluvial, com cana e carne q o Marcelo trouxe pescamos Piranhas e outros peixes que nem sei os nomes, vimos Jacarés, Botos Cinza e Rosa. Passamos por o Bar que é uma casa flutuante, mas que tem bilhar, parabólica, gerador, um verdadeiro Luxo.
Vai uma cervejinha e seguimos já de noite para o acampamento, com o barco cheio de peixe que saltava para dentro do bote, além do que tinhamos apanhado. Estava mesmo a ver o que iamos almoçar amanhã, ia ser um Aruanã que saltou para cima de mim e que vai dar para todos, é enorme!
Hoje temos caipirinha e conversa pela noite dentro, não há mais nada para fazer!
Isto é que é vida!

Amazónia I

Desloco-me de barco para Careiro da Várzea passando por o "encontro das águas", quem vem a Manaus tem que passar aqui! São cerca de 40 min de viagem, dali seguimos de carro para um Iguarapó do Amazonas e depois de canoas para a pousada da Ararinha, um sítio fabuloso mesmo no meio da selva. O nível das águas nesta época está muito baixo, mas encontram-se muitos botos uma espécie de golfinho. Depois do almoço vamos numa caminhada para a selva até casa do Macaco, lá o filho faz um café para todos, estou com 3 alemães e o guia Marcelo, um tipo cheio de experiências. O Macaco ainda não chegou, vive só com 2 filhos e a mulher foi para Manaus, não deve ter aguentado a vida aqui, que não é nada fácil no meio desta selva. Quando ele chega dou-lhe os parabéns pela casa tão simples e pela vista que tem da janela. À saida um dos Germânicos rebenta com um degrau das escadas, e digo ao Macaco "Aparecemos sem avisar, tomamos do seu café e ainda lhe deitamos a casa abaixo!" Ele lá ficou a rir-se com grandes gargalhadas junto com um amigo que tinha aparecido. Gente tão simples com vidas demasiado simples!
Entretanto Marcelo vai explicando que aves é que vamos encontrando e para que se usam as plantas. Existe uma infinidade de espécies, estou na Amazónia, finalmente!